sexta-feira, 29 de setembro de 2017

ARCANA

Valdisnei Madeinusa, o grande mago da ciência paleontológica atual fala à Veja Isto a respeito de ciência, magia, religião e, evidentemente, paleontologia.

Valdisnei é especialista em magia de identificação com ênfase em história, técnico nas mágicas de réplica formal e no encanto de conservação.

Formado pela Academia Real de Ciências Arcanas e Não Arcanas da Província do Grão-Pará (ARCANA-GP) em Ciências Biológicas e Ciências Arcanas de Identificação, fez mestrado e doutorado em Paleontologia na Academia Real de Ciências Arcanas e Não Arcanas da Província Cisplatina (ARCANA-CP).

Veja Isto – Dr. Madeinusa, o senhor acaba de lançar o seu primeiro livro. A respeito de que trata o seu livro?

Dr. Madeinusa – Ele trata a respeito de Ciência. Eu procuro desmistificar a ciência neste livro. Nos primeiros capítulos eu procuro explicar o que é a magia e qual a sua aplicação na ciência. Logo no primeiro capítulo explico a respeito da diferença entre magia, mágica, encanto e feitiço. Apesar de haver grandes distinções entre os 4, muito ainda confundem magia com feitiçaria e isso dificulta muito o nosso trabalho.

VI – Certo. Então há diferença entre todos eles.

M – Sim.

VI – E qual é a diferença?

M – Leia o livro.

VI – O senhor não poderia falar rapidamente a respeito disso agora.

M – Não, sinto muito, eu não posso.

VI – Por que?

M – Seria uma abordagem muito limitada que poderia gerar ainda mais confusão a respeito.

VI – Certo. O senhor poderia então nos falar sobre o uso de feitiços na pesquisa científica?

M – Viu, é sobre isto que eu falo. Nós não usamos feitiços na ciência. Esta é uma prática perigosa. Há leis severas a respeito do uso de feitiços. Apenas profissionais treinados, formados em ciências psicológicas com ênfase clínica podem usar feitiços e apenas em casos bem específicos.

VI – Como em criminosos.

M – Criminosos perigosos. Considerados irrecuperáveis. Este uso da feitiçaria só foi autorizado como alternativa à pena de morte. Outro uso da feitiçaria é em pessoas com severos problemas mentais. Como terapia. Com o devido consentimento da família. Deve ser um feitiço reversível e deve ser revertido caso o paciente assim o deseje.

VI – Então, em ciência mesmo vocês não usam feitiços.

M – Exatamente. Não usamos e nem haveria por que usarmos.

VI – O que vocês fazem então.

M – O principal uso na ciência é de magia. Também usamos mágicas e encantos como ferramentas auxiliares. Claro que só com a magia seria muito difícil fazer ciência. A tecnologia é muito importante para nós também.

VI – Mas a tecnologia hoje em dia, usa muito de magia.

M – Sim, isto é verdade. Na fabricação de materiais, por exemplo. Os engenheiros de materiais têm usado muito de encantos que diminuem consideravelmente as falhas microscópicas nos materiais e aumentam em muito a resistência destes. Não sei se a tecnologia espacial, subaquática e de prospecção de vulcões teriam evoluído tanto sem o uso de encantos. Magias de identificação embutidas em equipamentos ópticos também permitem uma precisão incrivelmente maior do que a que seria possível somente com lentes e detectores. Creio que não demorará muito para que vejamos reservas de minérios e petróleo diretamente através de satélites encantados com magias de identificação.

VI – E fósseis também, não?

M – Sim, certamente. Embora creio que para isso seja necessário um pouquinho mais de tempo. Mas certamente se tornará cada vez mais fácil de identificar locais de maior potencial fossilífero. Mesmo hoje esta tarefa já é bem mais simples.