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quarta-feira, 18 de janeiro de 2017
Braço Biônico (parte 1)
Bem, vamos iniciar a nova fase do blog com um braço biônico usando somente o que temos no Módulo Básico de GURPS.
Há muitas opções para se fazer um braço biônico. Ele pode ser (muito) melhor ou pior que um braço normal.
(Olhando no ultra tech, o braço biônico registraram o braço biônico como maneta (um braço), mitigador -70%, que inclui as seguintes restrições: "roubável (tem que ser retirado à força, não funciona imediatamente para o ladrão); manutenção semanal (uma pessoa); elétrico; e sem recuperação" e que resulta no valor final de -6 pontos. Mas, bem, não tem essa versão de mitigador no básico. Além de que isso acaba sendo um pacote fechado. E se você quiser fazer um braço com um isolamento elétrico eficiente que não corre o risco de desativar com uma descarga elétrica? Ou um com sistema de auto-reparo? Ou um que requeira uma manutenção mais (ou menos) frequente, feita por mais pessoas, talvez? Então essa opção não me agradou tanto, mas é oficial e vai servir como ponto de partida para nós.)
Há duas vantagens que é importante olhar antes de continuar: Cibernética e Braço Adicional. Bem como a limitação Desvantagem temporária (citada em cibernética) e todas as limitações relacionadas a equipamentos.
Em cibernética vemos que algo ser cibernético, por si só, não é uma vantagem ou desvantagem independente, mas sim algo que pode ser construído com vantagens (ou desvantagens) e modificadores apropriados. O detalhe importante aqui é que ele mostra um jeito alternativo de usar a limitação desvantagem temporária.
A limitação desvantagem temporária, consiste em transformar uma desvantagem em uma limitação de mesmo valor (uma desvantagem de -20 vira uma limitação de -20%) e, por padrão, descreve uma desvantagem que fica ativa sempre que um poder está em uso (vou descrever uma forma de usar essa limitação por padrão na postagem seguinte). Em cibernética, a desvantagem presente na limitação não se aplica ao uso da vantagem, mas sim ao implante cibernético em si. Então, se você pegar um braço biônico com a desvantagem elétrico, você não fica com a desvantagem elétrico sempre que usa o braço (correndo o risco de entrar em curto), mas sim o braço (somente) terá a desvantagem elétrico (correndo o risco de ficar em curto) o tempo todo.
Isso é uma mão na roda, pois poderemos aplicar qualquer desvantagem que acharmos apropriada ao braço e às vantagens que queremos incluir nele.
Mas aí nos deparamos com um problema. É fácil aplicar um modificador a alguma vantagem presente no braço, mas como calcular os modificadores no braço em si? Afinal um braço a princípio não custa nada. É aqui que entra a vantagem braço adicional.
Sim eu sei, o braço biônico não seria (a princípio) um braço adicional. Mas na descrição da vantagem braço adicional há regras pra adicionar ampliações e limitações a braços não adicionais.
Simplesmente divida o valor dos modificadores por 10* pra ter o valor da vantagem ou desvantagem resultante. Exemplo: uma limitação de -25% viraria uma desvantagem de -2,5 pontos, enquanto uma ampliação de 5% viraria uma vantagem de 0,5 pontos, resultando em um braço modificado que valeria -2 pontos. No caso de uma desvantagem temporária no braço, bem, simplesmente divida o valor da desvantagem por 10 diretamente pra aplicá-la somente ao braço. Essencialmente o braço será uma meta-característica (veja o capítulo de modelos), que será a soma de todas essas vantagens e desvantagens.
*(Sim, na verdade, a rigor, se está multiplicando por 10, não dividindo. Afinal 10% = 0,1, que multiplicado por 10 é 1. Mas isso não é tão importante, o importante é que se entenda a conversão feita aqui.)
Então vamos ao que interessa, o braço em si:
Braço cibernético padrão: Seu braço foi substituído por um braço robótico, com as seguintes características: Roubável (tem que ser retirado à força e não funciona imediatamente para o ladrão) [-0,5]; Requer Manutenção Semanal (uma pessoa) [-0,5]; Elétrico [-2]; Sem Recuperação [-3]. -6 pontos (por braço)
Temos aqui um braço com as mesmas características do braço presente no GURPS Ultra-tech e com o mesmo valor, então estamos no caminho certo.
Em geral, os braços biônicos são resistentes. Então vamos colocar RD neles.
RD (somente um braço, -40%) [3]
Ou
RD (ambos os braços, -20%) [4]
A RD padrão presente no Ultra-tech é 2 pontos de RD, o que custaria 6 pontos para 1 braço e 8 pontos para ambos os braços.
Pronto, a parte que mais poderia confundir já foi. Já temos o braço biônico propriamente dito, mas, em geral, quem pega um personagem com braço biônico não quer simplesmente ter que ficar cuidando de um braço que não se regenera sozinho toda semana, quer colocar outras vantagens nele: compartimentos secretos, armas embutidas, super-força, etc.
Bem, a sua vantagem está ligada a um braço que quebra e pode dar curto e precisa de manutenção, etc, então precisamos colocar nela as limitações que irão refletir isso:
Componente do Braço Cibernético (-70%): Frágil, RD 2 ou menos, -20%; Tamanho, -2 para atingir, -20%; Roubável, tem que ser retirado à força, não funciona imediatamente para o ladrão, -05%; Elétrico, -20%; Requer Manutenção Semanal, uma pessoa, -05%.
Ou,caso você queira um braço mais resistente:
Componente do Braço Cibernético (-65%): Frágil, RD 3-15, -15%; Tamanho, -2 para atingir, -20%; Roubável, tem que ser retirado à força, não funciona imediatamente para o ladrão, -05%; Elétrico, -20%; Requer Manutenção Semanal, uma pessoa, -05%.
Como exemplo, temos a vantagem ST braçal (que creio que a maioria vai querer em seu braço biônico). A vantagem básica custa 3 para 1 braço, 5 para 2, 8 para 3 (mas vamos nos limitar a 2 braços aqui para deixar as coisas simples, sem braços extras por enquanto).
ST braçal, 1 braço (Componente do braço cibernético, -70%) [+0,9/nível]
ST braçal, 2 braços (Componente do braço cibernético, -70%) [+1,5/nível]
Lembrando que qualquer fração é arredondada para cima, mas só no final da contagem dos níveis.
Então um único nível (ST+1) custaria 1 ponto para 1 braço e 2 para 2 braços, enquanto ST+10 custaria 9 para 1 braço e 15 para 2 braços.
Alguns exemplos de armas embutidas:
Submetralhadora 9mm implantada: Ataque perfurante 3D-1 (Acurado +2, +10%; Alcance ampliado x 20, +40% (alcance 200/2.000); Fogo Contínuo, CdT 10, +100%; Uso limitado, 30 disparos (3 usos com CdT 10), Recarga rápida, -10%; Componente do braço cibernético, -70%) [23]
Lança chamas: Ataque por queimadura 3D (Jato, +0%; Uso limitado, 10 usos, recarga rápida, +05%; Alcance ampliado (1/2D = Máx), +05%; Alcance ampliado, +100% (20m), +10%; Componente do braço cibernético, -70%) [6]
Jato venenoso: Ataque Tóxico 1D (Jato, -0%; Uso limitado, 10 usos, recarga rápida, -05%; Alcance ampliado (1/2D = Máx = 10m), +05%; Base sensorial, olfato, +150%; Resistível, HT-5, -05%; Cíclico, 5 ciclos, 1 segundo, resistível, +250%; Componente do braço cibernético, -70%) [17]
Raio Elétrico: Ataque por queimadura 4D (Jato, -0%; Variável, +05%; Alcance ampliado (1/2D = Máx), +05%; Alcance ampliado, +100% (20m), +10%; Efeito colateral, atordoamento, +50%; Sobretensão, +20%; Componente do braço cibernético, -70%) [24]
Outras vantagens e desvantagens pertinentes a um braço cibernético (mas que não vi razões para colocarmos as limitações acima), são:
Carga útil (para esconder coisas dentro de um compartimento secreto no braço) [1/nível]
Feições estranhas (o braço cibernético pode chamar atenção) [-1]
Aparência desagradável (o braço cibernético pode ser considerado feio, desagradável – ou aquele braço em específico pode ser particularmente feio) [-5]
Show, eu tava procurando isso mesmo, e acredito que explica muito bem, apesar de eu ainda estar com algumas dúvidas, mas ja sei onde me orientar para encontrar as respostas, valeu.
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